Na 1ª Reunião de Câmara descentralizada do terceiro mandato de João Batista, o Executivo Municipal aproveitou a deslocação a Vidago para dar boas notícias: o lançamento a concurso de três obras no valor total superior a seis milhões de euros, que deverão estar concluídas dentro de dois anos, e significam “o maior investimento de sempre feito em Vidago de uma vez só”.
“É com honra e satisfação que o Executivo reúne em Vidago num dia que deverá ficar para a História”, iniciou o presidente da Câmara Municipal de Chaves, João Batista, na 1ª Reunião de Câmara descentralizada do actual mandato, que decorreu na passada segunda-feira, 10 de Setembro, no salão nobre do quartel dos Bombeiros Voluntários de Vidago. A seguir, vieram as notícias para fazer sorrir os vidaguenses: a abertura de concursos para a execução de três obras no valor base de cerca de 6 milhões e 120 mil euros, um investimento camarário que será cofinanciado a 80% pelo Feder ao abrigo do programa PROVERE.
À espera de propostas, está a construção do Balneário Pedagógico de Investigação e Desenvolvimento de Práticas Termais, na antiga estação ferroviária da vila, por um valor base que ronda os 3,3 milhões de euros, bem como a requalificação da envolvente do Aquanatur – que abrange as alamedas Conde Caria, António Viana e Teixeira de Sousa, Rua João Oliveira e envolvente da estação –, por cerca de 2,4 milhões de euros, e a recuperação de dois edifícios anexos à antiga estação para funções administrativas e expositivas (Vidagus Termas), por cerca de 245 mil euros. Recordando que desde 1865 as Águas de Vidago “sempre tiveram candidatos à respectiva concessão” – ao contrário das de Chaves e Vilarelho da Raia –, João Batista notou que, além de ser um “dia histórico porque é a primeira vez que há um investimento público, ou seja da Câmara, num recurso que sempre teve um investimento privado”, este é também “o maior investimento de sempre feito em Vidago de uma vez só”.
Apesar do clima recessivo e da imposição da Lei dos Compromissos que limitou muito a capacidade financeira das autarquias, a câmara flaviense garante ter “este esforço garantido para que as obras possam decorrer dentro da normalidade”, tendo o futuro balneário termal público o prazo de execução mais alargado de 18 meses, esclareceu o autarca. Este avanço vem no seguimento de um protocolo assinado em Junho com a Unicer, concessionária da exploração das captações das águas Vidago através da empresa VMPS – Águas e Turismo, que autorizou a cedência de água mineral natural gasocarbónica ao município.
Vidago “não tem correspondido às expectativas de quem a visita”
No final da reunião do Executivo camarário, o presidente da Junta de Freguesia de Vidago, Rui Branco, não deixou de reconhecer este “investimento decisivo para o desenvolvimento da nossa terra”, já que a vila termal “não tem correspondido às expectativas de quem a visita”, atraído pelo Vidago Palace Hotel, investimento da empresa Unicer. “As pessoas ficam desiludidas com o pouco cuidado da vila”, admitiu Rui Branco, que não deixou de realçar as candidaturas a fundos comunitários que a junta conseguiu fazer aprovar, nomeadamente a renovação da sinalética da vila e a implementação de um parque infantil no Bairro Social.
Por sua vez, João Batista sublinhou também que “desde 2002 já foram investidos em Vidago valores consideráveis”, nomeadamente na construção do Bairro Social, recuperação da Estrada Nacional 2, arranjo do espaço da Feira, intervenções em saneamento e abastecimento de água, e instalação de relvado sintético no estádio da vila, bem como o lançamento a concurso da Casa Bonifácio Alves Teixeira. No final, os vidaguenses presentes na reunião aplaudiram o avanço de um projecto muito aguardado que esperam agora ver concluído “a curto prazo”.
Sandra Pereira
Fonte: Diário @tual